Raid Dakar 2015

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segunda-feira, 22 de dezembro de 2014

Dakar 2015, mais uma moto aventura.

Olá amigos e amantes do motociclismo de longas viagens. Mais uma vez estaremos indo mais ao sul para acompanhar o primeiro trecho do famoso Rally Dakar. A competição sai dia 04/01/2015 de Buenos Aires e segue até Villa Carlos Paz, uma cidadezinha muito bonita à beira de um lago próximo de Córdoba. Estaremos lá esperando a chegada neste primeiro trecho, buscando os pontos de observação para ver os competidores passarem. Sairemos dia 02 bem cedinho de Florianópolis, dormindo em Livramento/Rivera e seguindo dia 3 para Villa Carlos, cortando Uruguai passando por Tacuarembó. Serão dois trechos iniciais de aproximadamente 950km cada. Coisa tranquila para quem está acostumado com horas e horas de pilotagem. Não iremos com garupa, o que agiliza neste caso.
Iremos em duas motos, eu com uma Triumph tiguer explorer XC e o Arlindo, companheiro do nosso Grupo Rota X, com sua Yamaha Super Teneré. Duas obras primas da engenharia, concebidas para ir longe e em lugares diversos com conforto e segurança. A viagem é relativamente curta, uns 10 a 12 dias. Após a passagem do Dakar, vamos explorar algumas serras em torno da região e depois decidiremos o trajeto de retorno, tentando aproveitar para conhecer mais alguns lugares interessantes. A medida do possível vamos postando algumas fotos e narrado os fatos e acontecimentos da viagem. Desta vez estamos sem o rastreador SPOT pois o mesmo está sendo usado pelo nosso colega Hudson na mesma data desta viagem. Provavelmente nos encontraremos em Villa Carlos Paz.


Um forte motoabraços aos amigos.


domingo, 4 de janeiro de 2015

02 e 03/01 Floripa => Livramento => Villa Carlos Paz - 2100 km

Viajar é tudo de bom e de moto, no nosso caso, é melhor ainda. Foram dois dias puxados mas prazerosos. De última hora, juntou-se a nós um amigo do Arlindo. Um Italiano chamado Maurizio que vive a dois anos no Brasil. Rapidamente comprou um BMW R1200GS, juntou as bagagem. Tudo pronto, documentação ok e motos ok. Saímos cedo de Floripa para cumprir o primeiro trecho até Livramento/Rivera. Ao chegar, em torno das 18 horas e aproximadamente 960 km,  fomos logo visitar nosso amigo e anjo da guarda, Kojak, que na viagem do Ushuaia nos deu um apoio fundamental no contra tempo ocorrido com um dos integrantes daquela viagem. Aproveitamos para imprimir a carta verde de Maurizio. Logo fomos procurar hotel. Como era sexta, o lugar estava muito cheio e tivemos um pouco de dificuldade para nos hospedarmos. Ficamos no Hotel Acrópoli.
No dia 3 saímos cedo também para vencer mais um trecho longo que fecharia os 2100 km. Impressionante como a temperatura estava baixa. No dia anterior pegamos entre 25 a 28 graus com um pouquinho de chuva passageira em Porto Alegre e hoje estava 11,5 graus. Nos primeiros kms sentimos um pouco mas logo depois de Tacuarembó, onde paramos para abastecer, a temperatura começou a subir e ficou mais agradável. Pensei que íamos encontrar um estrada ruim, mas o trecho até Paysandu, onde fizemos a aduana para a Argentina, estava bom. Entramos na Famosa Ruta 14 com aquele cuidado básico para evitar qualquer problema com "La Policia" que é comum pedir propina nesta ruta. E assim fomos sentido Rosário pegando a expressa, com 130 km/hr liberado até Córdoba e Villa Carlos Paz. Chegamos já anoitecendo, perto das 20 hrs, horário local, pois aqui não tem horário de verão ou seja, é uma hora a menos. Fomos direto para o Hotel já reservado, chamado Atlantik, um meio bom mas bem baratinho. Amanhã vamos descansar e esperar achegada do Dakar que deve ser em torno das 15 hrs e no dia 5 a saída para o trecho à San Juan. Os pontos de observação desta região são um pouco distantes e dificultosos para o acesso e portanto vamos observar mais aqui próximo ao acampamento. É isso. Segue umas fotos. Estão em baixa resolução mas depois devo trocá-las.







terça-feira, 6 de janeiro de 2015

04 e 05/01 Villa Carlos Paz



Terceiro dia de viagem e aproveitamos para descansar um pouco, pois os dois dias anteriores foram mais de deslocamento. Tomamos café logo cedo e saímos para um reconhecimento de área. Carlos Paz é uma cidade linda, muito arborizada, praticamente sem prédios e com um lago espetacular. O povo sempre muito atencioso, características dos Argentinos, principalmente no interior do País. Nesta época do ano é alta temporada, cidade está cheia e mais ainda devido a passagem do Dakar. Como sempre, tudo gira em torno de dinheiro. Além do País contribuir, cada estado e cidade por onde passa também, é assim que é definido o roteiro da competição.
Saímos pela rua que vai costeando o lago, chamada de costaneira, onde estão muitos bares e restaurantes. Paisagens lindas e como é característico do país, muita gente caminhando e aproveitando os parques. É muito comum ver famílias montarem mesas e cadeira em baixo de uma árvore. Descobrimos o lugar onde vai ser o acampamento do Rally e a hora de chegada, 15 horas, para acompanharmos a passagem e aproveitar para bater mas fotos.
Almoçamos e lá pelas 14:35 chegamos no local e começaram a chegas caminhos do staff, motos quadris e carros. É impressionante como o povo curti o campeonato. No Brasil nem se houve falar. Depois de algum tempo tirando fotos e conversando com várias pessoas, vim para o hotel descansar um pouco e o Maurizio e o Arlindo ficaram por lá ainda. Mais tarde chega o Arlindo no hotel dizendo que perdeu o documento da moto. Tentamos achá-lo em alguns dos lugares por onde passamos mas em sucesso. Fomos orientados a fazer um registro de extravio na polícia para podermos seguir viagem sem problemas e assim fizemos.
Quarto dia de viagem e nos programamos para fazer um passeio pela região. Por indicação fomos até uma região chamada La Cumbre e La Falda, passando por São Marcos onde fizemos um trecho de 20 km de rípio, estrada de chão como chamam aqui. Foi o momento radical do dia. Uma serra muito legal cheia de curvas. Aproveitamos para conhecer um museu de motocicletas e bicicletas, do senhor Lisandro, muito atencioso que nos deu muitas explicações sobre a região e suas colonizações Inglesas e Alemãs. Seguimos viagem sentido Córdoba, por outro caminho em uma serra que chegamos a 1300 metros de altitude, toda de asfalto mas com curvas excelentes. Chegamos em Córdoba e fomos procurar a praça central chamada San Martin, onde fica a Catedral. Córdoba é a segunda maior cidade da Argentina e como tantas tem aquela característica de muito transito. Depois seguimos para Carlos Paz. Chegamos exaustos mas felizes pelo belo dia de passeio que tivemos. É isso. Amanhã vamos para a cidade de Merlo em uma nova etapa. Até.









quarta-feira, 7 de janeiro de 2015

06 e 07/01 Villa Carlos Paz => Merlo



Saímos para Merlo por volta das 10:30. Como o trajeto de hoje é curto, aproximadamente 280 km, não nos preocupamos em sair muito cedo. Logo após o café, ajeitamos as coisas e partimos, agradecendo aos donos do Hotel Atlantik, Andrea e Julio, que foram muito atenciosos conosco. Seguimos pela ruta 20 que nos levaria por uma serra onde chegamos a mais de 2000 metros de altitude, parando em um “parador” chamado El dondor, para bater um fotos. Ai encontramos um grupo de Buenos Aires que estava viajando com 3 falcons, carburadas e fabricadas no Brasil. Só para constar, uma moto grande, acima de 600 cc, importada aqui na Argentina, custa o dobro de que no Brasil, como é o caso da Super teneré.
Depois de pegarmos a umas dicas com os colegas viajantes, seguimos viagem. A boa dica é que poderíamos fazer um trecho alternativo, adiante, de 24 km de terra e assim fizemos. Um trajeto espetacular, com paisagens de tirar o fôlego. Ao retornarmos para o asfalto seguimos para Merlo. Ao chegar na cidade fomos almoçar e depois buscar um hotel. Vários estavem lotados ou não tinham quarto triplo, até que achamos o Hotel Casa Blanca, onde nos hospedamos.
Merlo é uma cidade turística e muitas pessoas da capital vem passar férias aqui. Cidade encantadora, na encosta de montanhas lindas, o que proporciona um clima agradável. Como é comum em cidades do interior, depois das 12 tudo fecha e voltam as 17, por ai e ficam abertos até tarde.
No dia Seguinte, dia 07, foi dia para descanso e conhecer lugares interessantes na cidade. Depois de algumas pesquisas, fomos conhecer um parque onde existe uma árvore milenar, com 1200 anos, outro lugar com um Arroyo pedregoso chamado Passo Malo e o mais show de todos, Rincón del este, um lugar a 2200 metro de altitude onde você consegue enxergar a cordilheira. Tiramos muitas fotos e ai vai algumas para deixar na história a nossa passagem por esta belíssima cidade. Amanhã, por decisão do grupo, seguimos para Mendoza, cidade que conheço só de passagem quando retornei de Santiago.










quarta-feira, 28 de janeiro de 2015

08 a 12/01 Merlo => Mendoza => Florianópolis



Saímos para Mendoza com o clima nublado. Até parecia que ia chover, mas logo o tempo abriu. O trecho de hoje era quase 500 km, passando por San Luiz. Neste trecho nada de muito interessante, a não ser a quantidade enorme de vinhedos a beira da estrada, quando íamos chegando perto de Mendoza, que é considerada a capital do vinho na Argentina. Logo ao chegar, fomos alertados a tomar cuidado com roubos e não deixar nada de bobeira. Acho isso “normal” para qualquer cidade grande. Sempre procuramos manter os olhos abertos e nunca deixamos as coisas sozinhas largadas. Iniciamos a busca por um lugar para ficar e logo nos instalamos em uma pousada. Estávamos bem cansados devido ao calor e após um bom banho e umas horas de descanso, saímos para dar uma volta nos calçadões de Mendoza, para comer algo e cambiar uma grana.  Como em muitos lugares na Argentina, das 12 até as 17 horas é tudo meio morto. Depois começa a vida na cidade. Lojas e bares funcionam até as 21 hrs. Depois de comer e beber algo, voltamos para um bom descanso, já no programando para uma visita a Bodega ZUCCARDI, (Vinícola ), já incluindo o almoço na visitação.
No dia seguinte saímos por volta das 10 da manhã para a vinícola onde realizamos uma excelente visita, conhecemos todo o processo de fabricação e armazenamento. A  Zuccardi é uma das mais antigas Bodegas da Argentina. Está na terceira geração. Após a visita fomos a outro ponto muito interessante, o almoço. Durante o almoço, tivemos oportunidade de confraternizar com a Família do Sr Daniel, e sua família, esposa e filha. Ele Argentino, e a esposa e filha brasileiras, morando a anos em São Paulo. Foi tudo muito agradável e a comida excelente, muito bem acompanhada, destaco aqui, por alguns azeites de oliva, de fabricação própria, dos melhores que já provei. Fui obrigado a trazer umas garrafas. Após umas horas comendo, bebendo e batendo papo, nos despedimos do pessoal e voltamos exaustos para a pousada. Após um descanso, novamente saímos para mais uma volta pela cidade e já nos prepararmos para o retorno.
Dia seguinte saímos rumo ao Brasil. Modo retorno on. Ai foi rodar e rodar, buscando a fronteira em Uruguaiana. Fizemos uma aduana tranquila e rodamos mais um pouco até Alegrete, onde passamos nossa última noite na estrada. Alegrete é uma cidade muito conhecida no RS por sua tradição. Logo ao chegarmos na cidade, um domingo final de tarde, já víamos o povo todo nas varandas tomando aquele mate. Que coisa linda tchê, já dizia o Guri de Uruguaiana.
Saímos logo cedo com destino a Floripa. O calor estava de matar mas como já dizia um grande amigo: O pau pega e não alivia. Rodávamos até as motos pedirem reserva, o que dava em torno de 300 km. Paradas para abastecer e um lanche. Final da tarde chegamos em Floripa, todos bem e muito satisfeitos por toda a viagem.
Como é de se esperar, a cada viagem sempre aprendemos alguma coisa e ter calma, paciência e diálogo são coisas que nunca podem faltar. As vezes nos expressamos com calor, trânsito e até fome, mas não devemos deixar isso atrapalhar. Auto controle sempre.  Diferenças sempre vão existir mas a parceria tem que superar tudo isso. Quero agradecer aqui aos meus parceiros, Arlindo e Maurizio, a companhia e que em todos os momentos estivemos juntos e assim que tem que ser. Agora é só alegria e risadas. Que venham as próximas.